Começa a funcionar amanhã, em São Paulo, a faixa exclusiva para motocicletas na avenida 23 de maio, principal corredor de ligação entre a zona sul e o centro da cidade.
A faixa, de caráter experimental, será avaliada até a próxima sexta-feira e funcionará nos dois sentidos da via, à esquerda, em uma extensão de dois quilômetros entre os viadutos Tutóia e Pedroso, das 10h às 16h.
O objetivo da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) é verificar o comportamento dos motociclistas ao circularem por um trecho exclusivo em pista expressa com velocidade máxima de 80 km/h.
A CET também quer saber se há dificuldade de entrada e saída da faixa, reação dos motoristas, impacto na fluidez do trânsito, eventual melhoria das condições de segurança e comportamento dos veículos em geral na via.
Nos horários de pico na avenida 23 de Maio, o tráfego médio é de 1.300 motocicletas por hora em cada sentido. Fora dos horários de pico, o volume é ainda maior: chega a ultrapassar duas mil motocicletas entre os viadutos Condessa de São Joaquim e Cubatão.
Esta variação do volume de motos também é observada em outros corredores da cidade, como o da avenida Rebouças e rua da Consolação, em virtude do movimento de motofretistas, que é intensificado durante o horário comercial e de funcionamento dos bancos.
A Yamaha apresentou, nesta quinta-feira, em Turim, o modelo das motos que serão utilizadas na temporada 2008 da MotoGP. Os pilotos Valentino Rossi e Jorge Lorenzo foram os responsáveis por mostrar os protótipos da nova Yamaha M1.
A moto do italiano foi colocada ao lado da do espanhol, algo que pode ser raro ao longo do ano. Não apenas pelo talento do pentacampeão, mas também porque ele utilizará pneus Bridgestone, enquanto o veículo de Lorenzo será equipado com Michelins.
Os pilotos terão a exata noção do que pode produzir a Yamaha M1 a partir da próxima terça-feira, na Malásia. Rossi, Lorenzo e seus oponentes na MotoGP realizarão testes de pré-temporada no circuito de Sepang.
Atual campeã da MotoGP, a Ducati apresentou nesta terça-feira o modelo Desmosedici GP8 com a presença do australiano Casey Stoner, campeão do Mundial de Pilotos, e o italiano Marco Melandri, seu novo companheiro de equipe.
O lançamento se deu na tradicional estação de esqui de Madonna de Campiglio, nos Alpes italianos, onde a Ferrari também costuma realizar seus eventos.
Como os testes da categoria ficam proibidos por certo período após o fim da temporada, os pilotos só poderão testar as novas máquinas no próximo dia 22, no circuito de Sepang, na Malásia.
O aguardado lançamento da rival Yamaha - que contará em 2008 com o pentacampeão Valentino Rossi e o atual campeão das 250cc, Jorge Lorenzo - está marcado para o próximo dia 18, em Turim.
Antes de subir na naked BMW K 1200R, o ousado design chama a atenção. Motor e quadro descobertos deixam a moto “nua”.
Na frente, os dois faróis assimétricos cobertos por uma pequena bolha são marcas da ousadia alemã. Mas as surpresas não param por aí. Basta despertar seu motor de quatro cilindros em linha, posicionado transversalmente, para que se perceba a alma esportiva dessa naked.
Derivado da esportiva K 1200S — a primeira moto na história da BMW a usar essa arquitetura de motor —, o propulsor de 1.157 cm³ e quatro válvulas por cilindro é alimentado por injeção eletrônica e emite um grave som pela única saída de escape.
Com refrigeração líquida, produz 165 cv de potência máxima a 10.250 rpm e oferece 12,9 kgf.m de torque a 8.250 giros. Na prática, isso se traduz em uma moto rápida nas acelerações e com velocidade final acima dos 250 km/h. Mas o motor potente, e aparente, é somente uma das qualidades dessa naked.
Os olhos não vêem
Apesar da ausência da carenagem, muita tecnologia está escondida nessa BMW. A começar pelo conjunto de suspensões. Na traseira, o monobraço oscilante traz também o eixo-cardã, responsável pela transmissão final. Na dianteira, o revolucionário sistema “Duolever” da marca traz apenas um conjunto mola-amortecedor, isolando o guidão das oscilações, comuns no tradicional garfo telescópico. Para completar, tudo isso pode ser ajustado eletronicamente pelo simples toque de um botão no punho direito.
Trata-se do ESA (Eletronic Suspension Adjustment) que regula tanto a carga da mola como a compressão e o retorno, de acordo com o estilo de pilotagem — esportivo, normal e conforto. O ESA equipa apenas a versão top de linha da K 1200R.
Os freios, discos duplos de 320 mm na frente e disco simples de 265 mm atrás, também contam com a ajuda da eletrônica. Trazem sistema anti-bloqueio (ABS) que garante frenagens seguras e progressivas.
Completando a parte ciclística está o belo quadro de dupla trave superior, feito em liga-leve e que conta com o motor como parte integrante da estrutura. Em conjunto com as suspensões e os pneus esportivos sem câmara — 120/70-17 (dianteiro) e 180/50-17 (traseiro) —, garante estabilidade para se acelerar à vontade e também bastante firmeza para se contornar curvas de maneira radical.
Pilotagem
Com tanta tecnologia e um potente motor a seu dispor, resta ao motociclista acelerar e aproveitar as qualidades da K 1200R. Assim como seu propulsor e seu quadro, a posição das pedaleiras deriva da sua irmã mais esportiva, a K 1200S.
Porém, nessa naked o ângulo de cáster é menor, garantindo assim mais agilidade nas manobras e mudanças de direção. A mesa de direção também é diferente, proporcionando uma posição de pilotagem mais ereta.
Na tocada, as diferenças ficam por conta da relação final um pouco mais curta, o que melhora a aceleração, mas reduz um pouco a velocidade final. Na prática, essa redução acontece até mesmo por parte do piloto que, no caso da naked K 1200R, tem de economizar no acelerador, uma vez que não conta com a proteção aerodinâmica da carenagem integral.
No “cockpit”, o motociclista enxerga dois mostradores de leitura analógica — velocímetro e conta-giros — e uma pequena tela de cristal líquido, que traz informações de um pequeno computador de bordo, como temperatura do motor, autonomia, consumo, além da marcha engatada.
Computador de bordo está disponível apenas na versão TOP, que custa R$ 79.500, e traz ainda ABS, o sistema ESA e rodas esportivas. A versão mais básica, chamada de SPORT, sai por R$ 73.500. A tecnologia tem seu preço.
Ficha Técnica
Motor: quatro cilindros em linha, quatro tempos, 1157 cm³, quatro válvulas por cilindro e refrigeração líquida
Diâmetro x curso: 79 mm x 59 mm
Compressão: 13,0: 1
Potência máxima: 165 cv a 10.250 rpm
Torque máximo: 12,9 kgf.m a 8.250 rpm
Alimentação: Injeção eletrônica BMS-K
Câmbio: 6 marchas
Transmissão: eixo-cardã
Comprimento: 2.228 mm
Largura: 856 mm
Altura: 1.095 mm
Altura do banco: 820 mm
Entre-eixos: 1.580 mm
Peso (a seco): 211 kg
Tanque de gasolina: 19 litros (4 litros de reserva)
Quadro: Trave dupla superior em liga com motor fazendo parte da estrutura
Suspensões: Duolever na dianteira e monobraço (Paralever) na traseira ajustável eletronicamente
Pneus: 120/70-17 na dianteira e 180/50-17 na traseira
Freios: disco duplo de 320 mm de diâmetro na dianteira e disco simples de 265 mm na traseira
Cores: amarela, prata e preta
Preço: R$ 79.500 (versão TOP)
O Moto.com.br foi um dos convidados para visitar a Moto Honda da Amazônia, uma das maiores fábricas do mundo localizada na Zona Franca de Manaus (AM) a 3000 quilômetros da cidade de São Paulo, e que tem como ambição se tornar a maior em breve.
A Honda foi inaugurada em 24 de setembro de 1948 no Japão, onde é localizada até hoje a sede principal. A Moto Honda da Amazônia foi inaugurada há 31 anos no dia 04/11/1976 e é um dos mais modernos complexos industriais do país. Atualmente instalada em um terreno com área total de 661 mil m2, sendo 193 mil m2 de espaço construído.
O complexo abriga ainda a Honda Componentes da Amazônia (HCA) – empresa do grupo responsável pela produção dos escapamentos, rodas, guidões, assentos, chassi e rolamentos – e a HTA Indústria e Comércio de Fabricação e Manutenção de Moldes e Ferramentas de Produção – onde são produzidos dispositivos e ferramentas para as motocicletas.
Líder no segmento das duas rodas no país, com 80,01% de participação, entre janeiro e novembro de 2007, a Unidade está preparada para fechar o ano com a produção de 1,376 milhão de unidades, sendo 1,27 milhão para o mercado interno e 110 mil para exportação.
A Honda possui 20 fornecedores de peças, um em Manaus, um em Recife e outros 18 espalhados no território nacional. Estes que estão espalhados enviam as peças para São Paulo, onde são encaminhadas para Belém via rodoviária e que partem para Manaus via balsa.
O primeiro milhão de motos foi feito após 11 anos da inauguração da fábrica e já em 2006 conseguiram fabricar um milhão de motos em apenas um único ano. Neste ano de 2007 pretendem fechar a produção em um milhão trezentos e setenta mil unidades, que também atenderão ao mercado de 76 países, tais como México, Colômbia, Peru e Argentina.
São quatro linhas de produção presentes na fábrica: linha um voltada para os modelos Fun 125 e Titan 150, linha dois voltada para os modelos de 200cc e 250cc, linha três onde são concentrados os modelos de maior cilindrada como Hornet, Falcon e Shadow e a linha quatro voltada para a POP e a Biz 125cc. O que mais impressiona é que a cada 20 segundos uma moto é produzida.
O Parque industrial da Honda é o maior do mundo em operações possuindo estamparia, solda, pintura, usinagem, linha de montagem, fundição entre outros processos, os quais transformam a Moto Honda da Amazônia em uma verdadeira fábrica, não apenas em uma montadora.
A Honda possui 21 fábricas de motos espalhadas no mundo, duas estão no Japão, uma está no Brasil e outras 18 espalhadas em outros continentes.
Outra característica interessante é a Estação de Tratamento de Efluentes da Honda considerada uma das mais modernas da América do Sul e que recebe resíduos domésticos (biológicos) e industriais (concentrados e diluídos).
Os primeiros a serem tratados são os industriais que recebem cloreto de ferro e cal para atingirem o PH necessário para o tratamento, para depois receberem um polímero para coagulação do resíduo.
No decorrer do processo os blocos coagulados se separam do líquido e são tratados separadamente. Para se ter uma idéia do investimento feito nesta área, em 1998 a cada moto produzida era gerado 40 quilos de resíduos, hoje em dia conseguiram reduzir para 19 quilos. Dos 19 quilos de resíduos produzidos 95% é reciclado, 2% vai para o aterro e 3% são incinerados.
Outro setor que necessitou de muito investimento foi o campo de provas localizado no município de Rio Preto da Eva, a 70 quilômetros de Manaus (AM). Para atender os clientes com o melhor produto do mercado, a Honda fez um levantamento das condições de “piso” e das condições de utilização das motocicletas nas diversas regiões do país.
Com base nesse mapeamento foi construído o campo de provas o qual possui mais de 10 pistas, tais como motocross, pista de ruído, pista para simulações de uso urbano e nas rodovias, pista country, “retão” e outras formadas por paralelepípedos, buracos e costela de vaca.
Nessas pistas são feitos testes para medir o desempenho e a durabilidade da suspensão, dos freios, da aceleração e de muitos outros aspectos que influenciam no bom funcionamento da motocicleta, para desta maneira fabricarem um produto que tenha maior qualidade e que satisfaça os usuários de todas as regiões do país.
Ao lado das pistas de teste está localizado o Projeto Agrícola. Criado em 1999 busca plantar árvores e espécies ameaçadas de extinção em um terreno que é dividido em 580 hectares de preservação ambiental, 197 hectares de reflorestamento e 69 hectares de plantio de árvores frutíferas.
Na parte social fazem distribuição de alimentos e boa parte dos produtos produzidos no Projeto Agrícola são doados para famílias carentes, asilos e instituições que ajudam crianças com câncer.
A Honda também aderiu em 2004 ao Projeto Prato Cidadão, programa social do governo do Estado do Amazonas de combate à fome e que mantém restaurantes que oferecem refeições de boa qualidade ao preço de R$ 1,00.
Exclusivamente criado para atender famílias de baixa renda, o projeto é totalmente mantido pela Honda e suas parceiras, oferecendo diariamente mais de 500 refeições entre 12h e 15h de segunda à sexta.